Insisto em te doar o que há em mim
e não me importa o tempo ou o lugar.
Insisto unicamente em me doar
para manter o meu amor. Assim,

doando o que de bom existe em mim,
como uma vela, eu vou me consumindo
e revelando ao mundo como é lindo
o meu amor, que nunca chega ao fim.

Mas esse consumir não me maltrata;
apenas me transporta a outro estado,
e eu canto esta ternura que me açoda.

A calma que me envolve é imediata:
eu me entrego, eu me torno o teu amado,
e o que falam, por fim, não me incomoda.