Quando Pôncio Pilatos condenou,
sem razão aparente, ou culpa, até,
rejeitando o pedido da mulher,
que, chamando à razão, lhe segredou

que o processo era falho e que o mentor,
sacerdote de hábitos sutis,
contumaz produtor de atos vis,
simplesmente o queria como autor

da vingança que o mesmo perpetrara,
hesitou uma vez, e outra vez mais
quis saber por que todo esse clamor,

que gritava bem alto, em voz bem clara,
o desejo: trocar por Barrabás,
a morrer numa cruz, o Salvador.

14/11/2023