Não sei se o mundo-cão em que eu estou
vai permitir que o sentimento oculto
em cada mente cresça, tome vulto
e se libere. Ao mundo-cão restou

o lado ruim da humanidade: o crime,
a violência, a fome, as ambições,
e ainda quer domar nossas paixões
como se fossem más. Ele suprime

os sentimentos de justiça e paz
e nos transforma em meros imbecis
desamparados. Nada mais existe

em nossas pobres vidas, nada mais.
No entanto, o mundo triste e infeliz
convive com o amor que em mim persiste.