Paulo Camelo

Poesia é sentimento. O resto é momento.

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Canto de dor
Canoro canário, a cantar saltitante
em brilhante gaiola, pareces feliz,
mas diz o teu canto, enquanto saltitas
e evitas mostrar neste pranto cantante,

que o teu sibilar não é canto de paz,
é bem mais canto triste, de perda, de dor,
é amor que se esvai em total desespero
por ver o teu mundo da grade pra trás.

Canário, tu cantas a perda do amor,
esta dor no teu canto é uma dor de verdade,
e o mar de harmonia que existe lá fora
é agora a razão do teu canto de dor.

Liberdade é teu mundo, é o teu ideal;
o teu mal é que escondes a dor no teu canto;
portanto, canário, tu deves calar
pra ganhar liberdade e a paz, afinal.
Enviado por Paulo Camelo em 30/03/2005




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