Paulo Camelo

Poesia é sentimento. O resto é momento.

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Lágrima
O riso se esvaiu, sumiu no pranto,
a névoa apareceu no meu olhar,
o céu escureceu, turvou-se o mar
no dia em que fugiu-me o teu encanto.
A música suave, o acalanto
abriu lugar a um turbilhão sem fim
pois, quando eu disse não, quis dizer sim
e nessa indecisão perdi o amor.
A lágrima é alimento de uma dor
que brotou quando o amor fugiu de mim.

Na busca desse amor que se perdeu,
chorei o pranto de uma humanidade.
Ingrato amor, só me deixou  saudade
e a lágrima sofrida apareceu
no meu olhar. E o claro fez-se breu,
mostrando ao mundo a falta desse amor.
A lágrima é alimento de uma dor
que brotou quando o amor fugiu de mim,
que cresceu quando o amor chegou ao fim,
que teima em se firmar num céu sem cor.
Enviado por Paulo Camelo em 19/08/2006




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