Anelos e ânsias
Tomara fosse encanto e apenas circunstância
a infância tão vivida e bela. Essa elegância, instância do momento em grande aprendizado é um dado que suplanta o ego. O ser amado, alçado a ser divino, é límpido, imortal, sem mal, sem impureza, puro, sem igual. Em qual dos céus repousa ess'alma etérea, pura, em duração tão parca, em atos tão segura? É dura a sua sina, é grande o seu amor... Supor que tão sublime ser sentisse dor é pôr contradição na criação divina. A sina de quem vive e canta descortina a mina de prazeres, simples, sem ganância. A ânsia já é muita e beira a bela infância! 26/06/2008 Soneto construído para fazer parte de uma coroa de sonetos em oficina de sonetos do Fórum do Recanto das Letras.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 26/06/2008
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