As ondas do mar
Se passo por ti, tu não olhas pra mim,
te fazes difícil e um riso não dás. Então eu me afasto, sem graça, sem paz, prevendo, talvez, que esse amor chegue ao fim e eu não possa dizer-te que eu sou mesmo assim, sem graça, sem jeito, sem sol, sem luar, mas guardo no peito o maior sentimento e, se nada eu tiver que dizer-te, eu invento, gritando pras ondas que chegam do mar. E as ondas do mar hão de ter energia que leve o meu grito mais perto de ti. E as ondas do mar vão mostrar meu sentir, o amor que te nutro de noite e de dia. E as ondas do mar hão de ser o meu guia e eu hei de aprender a fazer-te me amar pois, mesmo sem graça, sem sol, sem luar, meu peito sacode com tua presença e no sacodir meu amor talvez vença e eu viva os prazeres nas ondas do mar.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 10/04/2005
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