Bendita caneta
Bendita caneta que, em noites escuras
escreves poemas de amor e de dor; bendita caneta, pudesses supor o bem que me fazes com tuas figuras, então saberias por que me procuras, enquanto eu procuro o murmúrio do mar... Bendita caneta, talvez o cantar das belas canções tu pudesses ouvir, enquanto desenhas outrora e porvir nas belas cantigas na beira do mar. Bendita caneta, eu às vezes esqueço que já me fizeste os mais belos poemas e eu te abandonei. Ó, caneta, não temas esse esquecimento, pois és o começo de tudo que eu fiz e, se agora não teço tão belos poemas, se agora o cantar é distante de mim e o meu sussurrar em frente à telinha é o que busco fazer, caneta, contigo inda vou escrever sonetos e trovas na beira do mar.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 10/04/2005
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