Paulo Camelo

Poesia é sentimento. O resto é momento.

Textos

O ciclo da tempestade
Continuadamente o vento açoita
a moita de capim sobre o cerrado
e, no seu balançar continuado,
o mato em volta se mistura à moita.

E se, continuadamente afoita,
a plantação se dobra ao balançado,
o vento balbucia um som dobrado
e, num continuado tempo, acoita

a chuva em tenebrosa tempestade.
Os raios e os trovões tomam do vento
a força que mostrou à plantação.

A calma, num segundo tempo, invade
o mar, continuadamente lento,
em ondas que se espraiam pelo chão.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 17/03/2009


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