Soneto sem e
No topo da montanha, um galo canta
anunciando o fim da madrugada. Um último casal finda a noitada, a luz do Sol satura o mar. A planta, inda orvalhada, afaga o novo dia: a clorofila traga o mundo, a luz. Qual dançarinos, colibris azuis bailam no ar; um sabiá ‘sobia. Um murmúrio, um ruído surdo, fraco: alguns pardais, inda dormindo, vão limpando a grama úmida, orvalhada, aos pulos, folha a folha, taco a taco. A vida toma força, sai do chão, louvando a luz, ao Sol iluminada.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 24/07/2010
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