E ainda agradeço
...E morro a minha morte, e sumo neste instante,
em busca do meu norte, há muito já perdido, e faço desta vida um mote já vivido, enquanto, arrependido, eu corro num rompante. Entanto, neste mundo a vida é estressante, e, enquanto ainda corro, o mundo me atropela, arrasta-me, desnudo e mudo, e, de trivela, um chute eu levo ali, melhor do que adiante. Amargo essa certeza - ou dúvida cruel? - de ainda não ter visto o mundo colorido e belo como em sonho eu vislumbrei um dia. E gasto muita tinta, e jogo no papel o que me veio à mente em tempo descabido, e inda agradeço a Deus, que me deu mais valia. 04/08/2010
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 04/08/2010
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