Sétima estação - A segunda queda
E marcou com suor a tez sofrida, e desceu pela face em rubra cor, e voltou, lancinante e forte, a dor, quando a força faltou-lhe na subida. Outra vez foi ao chão, outra vez mais... E sentiu chicotada, e ardeu-lhe a mão que, na queda, levou de encontro ao chão, mas manteve pra si todos seus ais. Não soltou um gemido, embora o açoite o forçasse outra vez a levantar e levar sua cruz pelo arruado. Era dia, era claro, e se fez noite em seu rosto, incapaz, já, de ocultar uma marca de dor no olhar cansado. Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 18/06/2005
Alterado em 26/08/2005 |