Paulo Camelo

Poesia é sentimento. O resto é momento.

Textos

Eu tenho um medo medonho
Espero em Deus que o Brasil
não caia nessa ilusão
e, agindo com o coração,
não se dobre a um gesto vil.
Foram várias vezes mil
as que creram nesse sonho.
Eu rogo a Deus: não me oponho
ao progresso; eu quero é mais.
Mas, pra perder minha paz,
eu tenho um medo medonho.

Tenho medo das bravatas,
da amnésia, mensalões,
da censura a opiniões,
ditaduras "democratas".
Prefiro plantar batatas
a plantar desunião.
Por isso eu faço oração
para que Deus nos ajude,
pois conversa não me ilude.
Eu quero o bem da Nação.

Seu papo não me convence,
a conversa não me ilude.
Eu aguentei o que pude,
estou perdendo a paciência.
A fome sabe quem vence-a,
a saúde, quem a dá.
Muita coisa podre há,
porém ver ninguém mais quer.
Meteram muito a colher,
e a coisa pode azedar.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 13/11/2010
Alterado em 21/11/2011


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras