Dicotomia
Feliz e infeliz, ao mesmo tempo
amando e procurando te esquecer, eu dicotomizei todo meu ser, manchei a santidade do meu templo e não vislumbro forma de sanar o mal que agora eu mesmo me afligi: eu não consigo me afastar de ti, também a ti não posso me ligar. Este dilema é forte e duradouro e me acompanha desde o amanhecer ao pôr do sol, cotidiana dor que me embrutece, que me leva ao choro e ao mesmo tempo me inebria o ser, em misto de prazer e de estupor.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 21/06/2005
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