Corpo e vida
Que é forte, bravo, mas é pequenino
e delicado como um beija-flor meu existir, eu sei. No meu verdor já vislumbrava todo meu destino. A minha vida - e a de qualquer mortal - pode extinguir-se por qualquer razão. Pode, entretanto, persistir, pois não há regras no viver, é tudo natural. Porém, quando o limite é alcançado e sobrevem o término, afinal, ocorre a radical transposição e o existir se encerra. O corpo não suporta a vida eterna, ele é mortal e necessita de ser amparado.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 30/06/2005
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