A dor da solidão
E vejo quão tristonha é a solidão,
mas não me entrego, eu luto até o fim. E vejo que esta luta faz de mim um bravo, porém sem compensação. A luta me restaura as forças, faz enorme bem a mim, para o meu ego, aniquilando a dor. Mas, se me entrego aos tristes pensamentos, não sou mais aquele ser soberbo, tentador, que tudo pode, tudo faz, não sou o eterno amante; já passou meu tempo. Eu não me entrego, e luto contra a dor da solidão. Se nada mais restou, eu olho para mim e me contemplo.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 03/07/2005
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