Numa paixão desenfreada
O ser sentimental que habita em mim
se esvai em prantos por um grande amor, ainda chora a mágoa, chora a dor, inda cultiva flores no jardim. Sentimental no porte e nas feições, que não sabe ocultar o pensamento (o rosto mostra logo o sentimento a se estampar), me perco nas paixões. E foi numa paixão desenfreada, irracional, talvez, que eu me perdi, senti desmoronar todo meu ser. Pra minha proteção, não fiz mais nada; o ser sentimental não mais eu vi: metamorfoseou-se, sem querer.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 20/07/2005
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