Busca insone
Ao meu redor não noto o teu chamado;
apuro os olhos pra te ver, não vejo; insone, eu penso em ti, pois te desejo, e não te sinto aqui, junto, ao meu lado. A busca insone invade o meu soneto enquanto a inspiração não se acabou, pois tudo acaba, tudo finda em dor. Restou-me o teu retrato em branco e preto a me lembrar, em noite mal dormida, aquele rosto lindo, aquele sol que insiste em se ocultar do meu painel. Aquele sol foi toda minha vida enquanto louco, e agora eu vivo só. Louco que fui, amei a luz no céu.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 20/08/2005
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