Imensa e amarga culpa
Deixei morrer a luz no teu olhar.
Não pude imaginar a conseqüência a esta minha falha, a esta imensa e amarga falha em não saber te amar. Deixei o amor fugir de minha mão, não soube sustentar com pulso forte essa felicidade, e culpo a sorte, o azar, eu culpo todos, sem razão. Não há maior culpado nisso tudo; eu digo mais: não há outro culpado. Eu quis o teu amor; não soube amar. E agora, no silêncio em que me escudo, eu sinto a solidão deitar ao lado e, amargurado, quedo-me a pensar.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 20/08/2005
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