Onde estás?
Em cada palmo de terra eu perscrutei;
varri, olhei... e nada. Cada duna da praia eu palmilhei; corri, deitei... e nada. Gritei, sondei... eco não houve; respostas vagas... e nada. Onde te encontrarei? Custei a acreditar. Tu, logo tu, mulher, que disseste descobrir em mim o teu amor? Tu, logo tu, menina, que me amaste com ardor? Entendo tua ausência. Mas é difícil calar quando te sinto distante, se não ouço tua voz e não vejo teu olhar. Lá no fundo do meu ser eu sei onde te encontrar mas a razão é mais forte e aceitar é meu dever; fico só, procurando, escutando os sons que vêm das ruas, tentando ouvir a resposta no silêncio da noite... Onde estás?
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 26/09/2005
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