O pranto não suplanta a dor
Por mais que eleve o pranto ao infinito,
eu não suplanto a minha enorme dor; coração num compasso sofredor, batendo em baque surdo e esquisito enquanto a dor corrói o meu viver... Coração forte, bate devagar e bem cadenciado, sem parar, porém me prega peças no bater. O peito explode em frêmitos febris, eu sinto a têmpora se dilatar, o corpo arder e a pressão subir. Porém eu creio: em nada que se diz num triste canto o amor possa expressar, a minha imensa dor possa exprimir.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 09/10/2005
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