O início do fim
Este queimor que cresce devagar
me tira a calma. A vista se embaralha, eu sinto que a respiração me falha, e o queimor cresce, me tirando o ar. De início, deixa o pé adormecido em um formigamento desigual, depois as mãos, os braços... Tão brutal perturbação me deixa ensandecido. O couro cabeludo se arrepia, a face cora, queima, eu sinto arder todo meu corpo, em forte comichão. E esse queimor crescente se irradia até não poder mais, até romper dentro do peito, me prostrando ao chão.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 15/11/2005
|