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Não te permiti explicação
Não sei ao certo o que me queima o peito.
Eu não consigo distinguir, ao certo, o que me deixa o coração aberto, o que me queima tanto, desse jeito. É muito forte, intenso, esse queimor que sinto n’alma, como um fogo aceso a devorar meu âmago indefeso e perturbar a paz, gerando dor. E me pergunto se não é castigo esse queimor, pois eu não fui clemente, eu te magoei, e não te permiti explicação, não me importei contigo. E agora, que o queimor me ofusca a mente, eu já não sei se é justo o que senti.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 03/12/2005
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