Nos sonhos em que me abismo
Nos sonhos em que me abismo
às vezes me transfiguro. Eu não me sinto seguro em muitas coisas, e eu cismo que ainda existe esse abismo a separar duas almas apaixonadas. E as palmas das mãos, suando, parecem folhas que no orvalho tecem sensações fortes, mas calmas. Sei que todo abismo é lindo, mas perigoso, insondável. Parece até agradável, porém não me vejo rindo em tais momentos. Eu findo não me encontrando no sonho e, quando acordo, tristonho, faço um poema qualquer. Não é isso o que ela quer, mas o abismo não transponho. As emoções inimigas no sonho já não têm vez. Eu tive duas ou três em minha vida. As intrigas, emoções que trazem brigas, não fazem em mim guarida. Eu vou vivendo esta vida como posso - ou como quero, assim eu penso - e espero não ter que curar ferida. E haja emoção em mim! O meu coração não mente mas se rende a minha mente e me deixa tonto, assim. Muitas vezes acho ruim, mas me acostumo com tudo e vou em frente. Contudo, a minha alma gêmea existe e não me deixa tão triste, e não me deixa tão mudo. 08/Jan/2008
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 10/01/2008
Alterado em 12/01/2008 |