Quando eu morrer
O dia surgirá sem que eu mais veja,
a noite, então, será eterna, fria, eu não verei jamais a luz do dia e não terei a boca que me beija. A fria pele irá perder a cor, a luz não brilhará nos olhos meus; no dia em que eu morrer - valha-me, Deus! - eu não mais sentirei o teu calor, o meu amor virá de outra esfera, a tua vida não terei pra mim, não sentirei nas mãos as tuas mãos. Mas saibas que estarei a tua espera, embora eu saiba que terás, enfim, amores outros, de outros corpos sãos.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 29/03/2005
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