Outro dia, talvez...
Um mundo de sons,
de vozes, de risos, de danças, bailados, de doces canções, de saias rodadas gingando faceiras, girando nos pisos de grandes salões fugiu-me ao desejo, ficou na vontade. A vida vivida em belas noitadas pelas madrugadas nas mesas de bar foi-se consumindo pelas noites frias seguidas de dias gelados, sem graça, morreu de vontade de um dia te amar. Nesta roda viva do meu dia-a-dia eu vivo penando, pensando no amor que eu tenho guardado pr’um dia te dar, pois esta beleza que emana de ti é bem diferente do meu desamor. O amor bem guardado no meu coração, expresso nos passos de um leve dançar e no palpitar de mãos se tocando, é amor diferente que brota da gente, é vida que vive sem pressa de amar. Se a vida é tão breve e o tempo não pára e a força da vida se exaure entre as mãos, se o mundo, tão triste e cruel, nos separa, o amor é mais forte e espera o momento, e na hora devida ele rompe as amarras. O meu modo hedonista de amar sem fronteiras e de ver no amor a energia da vida me leva a sentir o que eu sinto por ti e permite expressar todo meu amor, e com todo fervor me permito te amar. E sem pressa de amar eu te espero outra vez, pois o meu coração inda guarda o calor que o teu corpo irradia; outra noite, outro dia, outra hora, talvez... tomarei tua mão, sentirei teu amor em meu ser se aninhar.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 30/03/2005
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