Som de flauta doce
“Hoje eu só quero o som de flauta doce
a embalar meus sonhos de poeta” (Lisieux Souza, “Flauta doce”) ----- Hoje eu não quero nada mais além que o som de flauta doce em meu ouvido, um rouco som, um murmurar sentido, a música suave que faz bem e que me envolve nesse vai-e-vem dos dedos, em performance discreta, e nos ouvidos do mais puro esteta, um mundo inteiro que jamais calou-se. Hoje eu só quero o som de flauta doce a embalar meus sonhos de poeta. Hoje eu não quero nada: eu quero mais que todos os acordes, quero tudo e nesse som que me acompanha eu mudo a minha vida. O som me traz a paz e a harmonia. O rouco som me traz toda a saudade que não apagou-se. Hoje eu só quero o som de flauta doce a embalar meus sonhos de poeta, e nesse som alcanço a minha meta; o som devolve o sonho que encantou-se. 29/03/2005
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 31/03/2005
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