Sem querer
Sem querer me flagrei
a te olhar, de soslaio, meio tímido, com receio, talvez, do meu próprio olhar. Sem querer me acheguei a ti. Já me vi a sentir teu perfume e a maciez de tua pele. Sem sentir nossos olhos se cruzaram, nossas mãos se encontraram, nossas bocas murmuraram verdades que, sem sentir, sem querer (ou talvez querendo - nosso ego não nos é de todo conhecido), havíamos descoberto.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 23/12/2005
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