Um martelo aloprado
Eu cantei sete sílabas, contente,
em repente eu já vi que tinha dez. Não pensei mais nas sílabas, os pés se mostraram ao vivo, de repente. O meu verso pra mim virou semente e plantei num canteiro den'dum pote. Outro dia, eu olhei, contei o lote e soltei um martelo agalopado. Eu já estava cantando, era aloprado, e rimei como pude co'esse mote.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 05/05/2008
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