Displicente loucura
Amarguradamente sem razão,
sou pobre louco, que namora a lua e vê, no céu, em cada estrela, a tua imagem reluzente de paixão. E, louco, continuo apaixonado, enfeitiçado pelo ser luzente, e não te enxergo aqui, tão displicente ao meu redor, não noto o teu chamado. Louco que fui, amei a luz no céu, cobri meus olhos com um imenso véu; louco que fui, eu não te percebi. Deixei morrer a luz no teu olhar e, amargurado, quedo-me a pensar na falta que, inocente, cometi.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 05/04/2005
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