Se eu nunca soubesse disso
“Se eu nunca soubesse disso,
era feliz sem saber.” (Ismael Gaião) Eu não sabia de nada quando você escreveu. Parece, agora, que eu vou entrar nessa jogada porque a palavra dada há muito deixou de ser jeito certo de dizer e cumprir um compromisso. Se eu nunca soubesse disso era feliz sem saber. Era feliz qual menino a perguntar o porquê de tanta coisa a fazer que se perde em desatino de quem governa sem tino e na grana dá sumiço. Se eu nunca soubesse disso era feliz sem saber, ficava sem conhecer e sem fazer rebuliço. Mas meu Padim Padre Ciço alertou todo o sertão: "Meu filho, não caia, não! isso é coisa e tem feitiço!" Se eu nunca soubesse disso, era feliz sem saber. Padim Ciço foi dizer mas não ouviram a fala e na urna o povo cala, fica tudo por fazer. Inda dá pra arrepender e refazer compromisso. Se eu nunca soubesse disso, era feliz sem saber. Mas eu sei. Que vou fazer ante tanta embromação? Vou esperar eleição e dar meu voto certeiro, vou dizer pro mundo inteiro que não engulo essa, não! Se eu nunca soubesse disso, era feliz sem saber que o voto, sim, faz valer todo e qualquer compromisso. O voto nulo é sumiço em qualidade de vida. Sua atitude é devida ante a miséria do povo. Tenha um compromisso novo numa voz bem decidida.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 11/08/2012
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